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Presidente do TCE diz que obra de Dom Mário “transcendeu a missão cristã e catequizadora”

Antes de dar início aos julgamentos na sessão plenária desta quinta-feira, 4, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Luiz Augusto Ribeiro, manifestou “profundo pesar” pelo falecimento, no dia anterior, do bispo emérito da Diocese de Propriá, Dom Mário Rino Sivieri, aos 78 anos.

Sua manifestação foi compartilhada pelos demais membros do colegiado, que também enalteceram, sobretudo, o trabalho social desenvolvido por Dom Mário.

“O saudoso ‘Padre Mário’, como se notabilizou entre os munícipes lagartenses, parte deste plano terreno e deixa um legado que continuará sendo lembrado pelas gerações vindouras”, destacou o presidente do TCE, lembrando do período entre 1961 e 1997, quando o italiano, naturalizado brasileiro, foi pároco na Igreja Nossa Senhora da Piedade, em Lagarto.

O conselheiro fez referência ainda à Fazenda da Esperança São Miguel, em Lagarto, “a conhecida ‘fazenda do padre’, que presta, desde a sua fundação, relevantes serviços voltados ao tratamento de dependentes químicos, minimizando sofrimento daquelas famílias que enfrentam os efeitos avassaladores das drogas”.

O presidente do TCE concluiu sua homenagem dizendo que Padre Mário segue deixando o ensinamento de que “a verdadeira caridade se materializa a partir de projetos e ações cujos propósitos não estão atrelados ao alcance de destinatários próprios. São ações sem rosto, sem cor, sem segmento social, que buscam alcançar o verdadeiro sentido do ideal de justiça, dando a cada um o que efetivamente seja seu”.

"Deixa-nos o ensinamento de que a mais 'portentosa estátua na praça' é a forma como seremos lembrados pelo que fizemos ou pelo que deixamos de fazer quando poderíamos ter feito, mesmo que nenhuma peça de concreto seja erguida para homenagear a quem fez da passagem pela vida um verdadeiro instrumento de bem servir", finalizou.

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